História da Caixa Económica da Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada
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História da Caixa Económica da Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada
As Caixas Económicas das Misericórdias, como escreve Victor Pedroso, tiveram a sua origem num período (1866 a 1940) em que as Misericórdias atravessavam grandes dificuldades financeiras, razão porque as Mesas Administrativas procuravam encontrar fontes alternativas de receitas com o objetivo de conseguir concretizar os seus compromissos. Foi então que surgiu a ideia da criação de uma Caixa Económica anexa à Misericórdia, ideia que, todavia, se malogrou, dado o embargo interposto pelo Governo central.
Em princípios de 1924, porém, seria recebida na Santa Casa uma carta de Joaquim Bensaúde - na qualidade de testamenteiro de seu cunhado Henrique Bensaúde - a comunicar que este deixara um legado de 200 contos ao Hospital da Misericórdia.
Esta proposta foi imediatamente aprovada. Como também seria deliberado que o secretário da Santa Casa - Dr. Humberto de Bettencourt - organizasse, sem demora, os estatutos da desejada instituição de crédito, de modo a serem submetidos à aprovação da Assembleia Geral da Irmandade, a efetuar, ainda naquele mês, no dia 25.
Na sessão de 30 de junho de 1925 - a culminar, sem dúvida, um período de grande atividade política e a bem dos altos interesses da Misericórdia - o novo provedor, Dr. Horácio Franco deu conhecimento à Mesa Administrativa de já terem sido recebidos devidamente aprovados, os estatutos da futura Caixa Económica, graças às diligências de Alfredo da Câmara que, deslocando-se a Lisboa, os entregara, de mão própria, ao senador Dr. António de Medeiros Franco. E este tudo promoveu para que, sem demora, fossem aprovados pelas competentes repartições estaduais.
Naturalmente, grande foi o júbilo sentido por todos. E logo ali se deliberou que o secretário da Mesa Administrativa, Dr. Fernando Rego Costa, impulsionasse a organização dos serviços da futura Caixa Económica e as obras de adaptação a efetuar na secretaria da Misericórdia, para ali se fixar a nova instituição de crédito, cuja inauguração, viria a consumar-se no dia 2 de dezembro de 1925.
Os primeiros lucros registados ascenderam a 12.645$40 insulanos.
De harmonia com o grau da sua expansão, a Caixa Económica ocupou, durante mais de quarenta anos, diversos compartimentos na Santa Casa. Mas, nos finais de 1966, teria ensejo de adquirir os edifícios que pertenceram aos comerciantes Carlos Augusto da Silva e Albano Machado Ferreira, para depois de algumas obras de adaptação, neles se instalar a 15 de julho de 1967.
Localizada, no centro da cidade de Ponta Delgada, mais se radicou a sua expansão. De tal modo, que justificou a criação de agências em Rabo de Peixe e Vila Franca do Campo, inauguradas, respetivamente, em 1980 e 1981.
Volvidos 18 anos - em 3 de maio de 1985 - a Caixa Económica da Misericórdia de Ponta Delgada inaugurou o grandioso edifício da sua nova sede, edifício que, sem contestação possível, bastante contribui para a valorização estética da cidade em que está implantado. Edifício Sede Ponta Delgada.